Não foi difícil convencer Helena a sair naquela noite. Fazia dias que se irritava até com as buzinas de carros e motos, velhas companheiras, partes do pacote de aluguel do antigo apartamento na Rua das Laranjeiras.
Manu, com seu tubinho preto e boca vermelha-vou-à-luta, esperava no banco da portaria pela amiga. Acreditava que, não subindo, Helena seria mais rápida e elas, desta vez, não chegariam atrasadas ao barzinho na Lapa.
Depois de vinte minutos, sai do elevador um ser arquejante de conjunto de moletom cinza e cabelos sem direção.
─ Demorei?!
─ Um pouco. Responde Manu, certa de que deveria ter subido.
Cintia Barreto
Rio de Janeiro, 2 de maio de 2009.
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