vidas que se perdem...
penas e purpurinas
confetes e brilhos
espalhados em desencontros
em sambas atravessados
tempo não
tempo não volta
volta! – grito na multidão não se escuta.
surdo, surdo, surdo
na marcação
de alguém perdido – já se perdeu?
pés não acompanham a alma
alma sem corpo
garrafa de cerveja vazia
caída no meio-fio
na manhã de quarta-feira.
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 03 de março de 2006.
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